A Jornada até a Cabula Mulemba

CABULA MULEMBA


A Mulemba, ou figueira africana, pertence à família das Moráceas e é conhecida por sua seiva leitosa de tom rosado. Com um porte imponente, pode atingir alturas entre 15 e 20 metros, e sua copa, ampla e profusamente ramificada, é amplamente valorizada pela generosa sombra que proporciona.
Nossa Cabula carrega em seu nome uma homenagem aos que fizeram história, aos ancestrais que pavimentaram o caminho para que hoje pudéssemos resgatar e valorizar o significado profundo da Tradição. Na Quimbanda, a figueira africana é reverenciada como a "árvore dos ancestrais," um símbolo sagrado que conecta o presente às raízes do passado.

Como tudo começou…

Nossa história começa em 2007, em Duque de Caxias, RJ, quando, aos 13 anos, Mameto N'ganga Emekabande, também conhecida como Maganza Kiasobakiuba, inicia sua jornada espiritual rumo à Quimbanda Luciferiana. Aos 20 anos, nossa Mametu expande seu caminho iniciático ao ingressar no Ifá, no Palo Mayombe na rama Kimbiza, e no Vodu Haitiano, embora apenas como batizada. Nesse período, ela também é coroada na Quimbanda de Angola.

Com o passar dos anos, em 2018, a Cabula Mulemba começa a tomar forma, evoluindo para o que hoje se configura como um terreiro de Quimbanda. Em 2022, nossa Mameto é coroada na Kimbanda Congo, trazendo os conhecimentos ancestrais dos antigos bakongos para sua linhagem dentro da Cabula. No ano seguinte, 2023, ela alcança o título de Yaya Nkisi em Palo Mayombe, agora na rama Briyumba Congo Saca Empenho, sendo reconhecida pelo kimdiambo de Nbumba Malongo L. N. e com linhagem comprovada pela Rama Briyumba Congo Saca Empenho, cujo tronco maior está confirmado em Havana, Guanabacoa, Cuba.

Em 2024, a trajetória de nossa Mameto atinge um marco significativo com o recebimento do título de Maganza e a consagração como nganga de Quimbanda Angola-Congo, aprofundando ainda mais o legado da comunidade e o estudo da Quimbanda Bantu. No mesmo ano, um momento histórico se concretiza com a abertura do primeiro Munanzo Congo no Brasil por uma brasileira, Yaya Nkisi Nbumba Malongo L. N., com linhagem confirmada na rama Briyumba Congo Saca Empenho.

É fundamental ressaltar que nossa família valoriza a integridade das tradições e mantém uma clara distinção entre as diferentes ramas. Apreciamos um ambiente familiar e acolhedor, por isso, nossa casa é restrita e só aceita adeptos que tenham previamente se consultado no vititi ngombo com Maganza Kiasobakiuba.

O que as pessoas estão dizendo

A ancestralidade nos conduz ao mais profundo de nosso ser, oferecendo um convite íntimo para contemplar nossa essência e desvendar o verdadeiro poder que reside em nós.